O Centro Cultural Franco-Moçambicano acolhe na noite de Quarta-feira, 15 de Maio, às 18h, o lançamento dos livros dos escritores moçambicanos Eduardo Quive e Mélio Tinga, no seu auditório.
“Mutiladas” de Eduardo Quive é uma colecção de onze contos que exploram os temas das mulheres, da vida e das memórias do autor, em uma escrita breve, intensa e provocativa. A obra reflecte um retrato da sociedade marcada por tragédias cotidianas, onde a violência e a indiferença se tornaram manifestações de desumanidade. Por sua vez, “Névoa na Sala”, romance de Mélio Tinga narra a história de um homem que se vê acidentalmente envolvido nas trincheiras de uma guerra no Norte do país. Guiado por um morto, ele retorna para encontrar seu pai à espera. Os fantasmas da guerra o assombram, enquanto o romance é narrado por três vozes distintas, explorando temas como dor, amor, morte, fantasia e desilusão em um mundo imperfeito.
SOBRE OS AUTORES
Eduardo Quive nasceu em 1991. É escritor e jornalista.
Começou por volta de 2010 o trabalho na área de comunicação, dedicando-se ao jornalismo cultural a partir de 2012, com passagens por jornais, revistas e televisão.
Mutiladas, é o seu primeiro livro na narrativa, publicado sob a chancela da Catalogus, em 2024. É também autor do livro “Para onde foram os vivos (Alcance Editores, 2022); Lágrimas da Vida Sorrisos da Morte” (Literatas, 2012); Co-autor do livro “Brasil & África – Laços Poéticos” (Editora Letras, 2014); co-organizador das colectâneas “Contos e crónicas para ler em casa vol. I e vol. II” (Literatas, 2020). Em 2020 co-organizou o livro “O Abismo aos pés”(Literatas), com entrevista a 25 escritores lusófonos sobre a iminência do fim do mundo, em pleno pico da Covid-19.
Em 2022 esteve em residência literária em Lisboa, Portugal, após vencer o programa do “Residência Literária Maputo-Lisboa”, do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e Câmara Municipal de Lisboa.
Mélio Tinga é escritor de ficção e designer de comunicação. Autor de seis livros, entre os quais “Marizza,” sua estreia no romance, obra vencedora do Prémio Literário Imprensa-Nacional Casa da Moeda/ Eugénio Lisboa 2020. Para além de Moçambique, seus livros estão também publicados em Portugal e no Brasil. Foi vencedor da “Residência Literária em Lisboa 2023”, do “BLOG4DEV 2021” e finalista do “Prémio Literário 10 de Novembro 2019”. Recentemente foi seleccionado para a bolsa “AléVini”, um programa que apoia a mobilidade profissional no sector da cultura, liderado pela Comissão do Oceano Índico. É co-fundador e director executivo da Catalogus e de OitentaNoventa, vice-presidente da ACUP – Associação Cultural da Universidade Pedagógica – Maputo. Licenciou-se em Educação Visual e possui uma pós-graduação em Branding.