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Filipe Branquinho inagura a exposição “A PENTE FINO”, na Terça-feira, 20 de Agosto, às 18h, na Sala de Exposições do Centro Cultural Franco-Moçambicano, onde ficará em exibição até ao dia 5 de Outubro.
A exposição apresenta duas séries:
1. B(L)ACK, uma homenagem ao cabelo natural crespo, apresentada como postais de memórias. Esta série elogia os dreads e as tranças intricadas que simbolizam o pertencimento à comunidade e contam histórias sem precisar de palavras. Branquinho utiliza os seus desenhos para transformar esses penteados em símbolos carregados de significados culturais e históricos.
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2. IN GOLD WE TRUST oferece uma crítica incisiva à ganância e corrupção que permeiam certos segmentos da sociedade. Branquinho utiliza a cédula do dólar como elemento central nos seus desenhos para explorar como o capital domina e molda a nossa realidade. As obras revelam como o dinheiro transforma o quotidiano num espetáculo de consumo e alienação, com figuras que se tornam quase intangíveis, reflectindo uma sociedade onde o prestígio e a aparência são mais valorizados do que o valor substancial.
SOBRE O AUTOR
Filipe Branquinho nasceu em 1977 em Maputo, Moçambique, e atualmente vive e trabalha entre Maputo, San José (Costa Rica) e Madrid (Espanha).
Branquinho é um artista multifacetado. Após estudar arquitectura, desenvolveu uma dupla carreira como fotógrafo e artista visual. As suas obras fazem parte de coleções públicas e privadas em todo o mundo.
Cresceu num ambiente intimamente ligado ao mundo jornalístico e artístico de Maputo. O seu estilo resulta da sua familiaridade com a arquitetura moçambicana e com a escola de fotografia, tendo sido influenciado por grandes nomes como Ricardo Rangel, Kok Nam e José Cabral. Filipe funde géneros como o retrato e a paisagem e propõe uma reflexão sobre questões sociais e políticas da realidade contemporânea de Moçambique, os seus costumes, a sua mitologia e a sua dinâmica urbana.