“DEUS NOS ACUDI” DE PAK NDJAMENA

Na África e no Mundo, a magia é tida como uma forma de alcançar poderes, com rituais de certas seitas, ou simplesmente, pela repetição de padrões de comportamento. A Tradição, seja através da oralidade, de símbolos, manuscritos, objetos sagrados e até nos movimentos corporais, evoca-se a ancestralidade de toda uma sociedade. No mundo contemporâneo, para o indivíduo mundializado, a diferença racial é ambivalente, visto que confere poder mas também marginaliza. Momentos em que tudo está preto, e não vemos com os olhos, apalpamos a vida num sonho profundo de angústia e dor, mas quando despertamos encontramo-nos em caos e somos apenas um corpo no mundo, trazendo na bagagem toda essa vivência, mesmo que inconsciente. A ficção é posta de forma real no espaço sob a imaginação da encarnação: A imagem do corpo em movimento, geram diferentes momentos de dúvida, escolha e opiniões.

Sobre o artista

Pak Ndjamena é um artista multifacetado que engloba múltiplos ofícios, incluindo ser bailarino, coreógrafo, promotor cultural, músico e actor.
Pak Ndjamena não vê a arte de uma forma linear mas colaborativa, tendo durante a sua carreira colaborado com artistas de vários géneros artísticos e provenientes de múltiplas geografias. Mesmo assim, Pak Ndjamena não
Considera-se fluente em qualquer língua ou pertencente a um território geográfico dissociado da arte.

Apesar de se sentir orgulhoso das suas raízes africanas, considera-se um cidadão mundial e encara a arte como uma língua que permite comunicar com interlocutores de qualquer lugar do mundo. Como resultado desta visão Pak, já viajou para mais de 10 países para expor a sua arte nas suas várias formas.

Com a dança contemporânea como a arte mais prevalecente na sua carreira artística, coreografada e executada, foi o vencedor do Mozal Arts & Culture Award 2019 na categoria de dança em Maputo, Moçambique.