Neste âmbito, a Delegação da União Europeia em Moçambique em parceria com o Centro Cultural Franco-Moçambicano, apresenta no próximo dia 13 de Maio, o Concerto África-Europa, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, entre às 18h e 23h, nos palcos da Sala Grande e Jardim, com o seguinte alinhamento: Assa Matusse (Moçambique/França), Lenna Bahule (Moçambique), Selma Uamusse (Moçambique/Portugal) e Pongo (Angola/Portugal). Será, portanto, uma das maiores manifestações culturais do ano, juntando no mesmo palco cerca de 25 artistas nacionais e estrangeiros, em celebração ao Dia da Europa.
SOBRE AS ARTISTAS
Assa Matusse
“Menina do bairro” como é carinhosamente tratada em Moçambique, Assa Matusse é cantora, compositora e dona de uma voz inconfundível. A artista está a construir um caminho melódico a partir de suas experiências em África e noutros lugares do mundo. Nasceu em 1994, numa família de 5 irmãos no bairro de Mavalane, em Maputo. Desde pequena cultivou o gosto pela música sob influência do canto e da guitarra do seu pai em momentos de convivência familiar. Desde a tenra idade, Assa Matusse chamava atenção ao cantar e dançar, desde então, o seu talento marcou presença em concursos e projectos musicais nacionais e internacionais. Ela canta em português, inglês, francês mas é em changana, sua língua materna, onde melhor se expressa.
Tem dois álbuns, “Mais Eu” e “Mut changana”, tendo o último sido lançado no passado mês de Abril, em Paris (França), onde reside actualmente.
Lenna Bahule
Cantora, arte educadora e activista cultural, natural de Maputo, produz a sua arte através do mergulho e estudo constante sobre as afro-culturas do seu país e de outras diásporas africanas. No Brasil, onde morou por 7 anos, fundamentou sua pesquisa sobre a música vocal e diferentes caminhos para o uso da voz e do corpo como instrumento musical e de expressão artística. Na sua obra discográfica, destaca-se NÔMADE, seu primeiro disco que em 2016 esteve na lista dos 100 melhores discos produzidos no Brasil. Foi vencedora do 2º Prémio Mozal Artes e Cultura (PMAC) na categoria de música, em 2019. Como arte educadora, Lenna orienta e conduz desde 2013, actividades e cursos relacionados ao canto em grupo, música corporal e repertório da música popular de Moçambique (jogos, brincadeiras e cancioneiro popular), através de suas vivências KWIMBA, Bat ucorpo e Memórias daqui, homônimo ao seu segundo disco.
Selma Uamusse
Selma Uamusse é uma cantora Moçambicana nascida em 1981 a viver em Portugal desde 1988. Canta profissionalmente desde adolescente tendo um percurso bastante diversificado na música.
Em nome próprio, Selma Uamusse explora as raízes do seu país de origem, usando ritmos moçambicanos e letras em línguas nativas, com a utilização de instrumentos tradicionais como timbila e mbira, combinando tudo com electrónica e com outras referências que espelham as suas diversas influências. O seu álbum de estreia, “Mati”, que significa “água” em Changana (uma das três línguas mais faladas em Moçambique), editado em 2018 pela Ao Sul do Mundo e distribuído pela Sony Music, foi amplamente elogiado pela crítica nacional, tendo sido apresentado em diversos e prestigiados palcos nacionais e internacionais, num tour com mais de 60 concertos. Em 2020 lançou o seu segundo disco em nome próprio, “Liwoningo” (que significa luz em Chope, uma língua tradicional de Moçambique), que conta com as incríveis participações da banda brasileira Bixiga 70, dos artistas moçambicanos Chenny Wa Gune, Milton Guli e Lenna Bahule e do Korista MbyeEbrima da Gâmbia. A sua música é um manifesto pela harmonia ao que nos rodeia, um olhar positivo sobre o mundo. Uma forma de luta e de esperança por uma sociedade mais livre, com mais amor.
Pongo
Nascida em Angola em 1992, a apaixonada bailarina cresceu ao som de uma grande variedade de músicas e ritmos. Canções tradicionais angolanas, Zouk das Caraíbas, batidas brasileiras… todos eles constituíram a banda sonora da sua juventude cheia de música. Com apenas 8 anos, ela e a sua família fogem da guerra civil que assola o país e viajam para Portugal. Foi aí que levou o seu amor pela música Kuduro para outro nível. Pongo passa a adolescência nos Denon Squad, uma banda local que inicialmente a recrutou como dançarina antes de a deixar pegar no microfone para tocar em espectáculos no bairro. É durante esses momentos lúdicos que ela apanha o bichinho do palco e percebe que quer continuar a partilhar
emoções com a sua voz. A fazer-se notar no Kuduro lisboeta, é descoberta pelos Buraka Som Sist ema, banda famosa por popularizar o Kuduro no início dos anos 2000. Fascinados pela aura da jovem, a banda convida-a para mais alguns espectáculos antes de lançar “Kalemba (Wegue Wegue)” em 2009, uma faixa alimentada pelas memórias de infância de Pongo e que continua a ser o
maior sucesso da banda até aos dias de hoje. Com alguns milhões de reproduções em todo o mundo, “Kalemba (Wegue Wegue)” lança as bases para a assinatura musical de Pongo: música que
parece íntima, mas que também partilha uma mensagem universal, convidando o ouvinte a dançar, a ultrapassar as suas lutas e a escapar ao sentimento de tristeza e desespero. Ligando o Kuduro ao Afrobeats, ao Favela Funk ou mesmo ao Afrofunk, Pongo apoia a sua dedicação à mistura de géneros e linguagens, uma forma de quebrar todas as barreiras culturais e dá o mote para o seu próximo projecto de estreia “SAKIDILA”: música de festa e de clube poderosa e viciante.
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